Acho que, inevitavelmente, a pimeira coisa que tem que ser dita sobre comunicação e política no intercom é: por que raios não há um grupo específico de comunicação e política? Fora esse fato inexplicável, é posível encontrar aqui e ali trabalhos que tratam do tema a partir de diversos ângulos.
Este ano destaco especificamente dois grupos que reuniram interessantes discusões. O primeiro foi o de Publicidade e Propaganda que teve duas sessões dedicadas à comunicação política: “Propaganda política, democracia, mídia” e “Voto e Comunicação política: valores sociais na mídia paga”. E o segundo foi o grupo de Cibercultura, que dedicou uma sessão ao tema “Poder e resistência na cibercultura II – Webdemocracia e reconfigurações da esfera pública”. Esse último reuniu bons trabalhos sobre participação, deliberação e resistência política online.
Destaco especificamente o trabalho da professora Ângela Marques, da Faculdade Cásper Líbero, que busca desenvolver uma metodologia para análise da deliberação online. O trabalho levanta as principais correntes metodológicas já encontradas na área bem como os pressupostos iniciais de deliberação sugeridos por Habermas para buscar a construção de uma metodologia própria.
Todos os trabalhos apresentados no evento podem ser vistos aqui.
Mundoutro 